sexta-feira, 5 de novembro de 2010

The walking dead a série



Assisti ao primeiro episódio da série Walking Dead, baseada nos quadrinhos de mesmo nome, de Robert Kirkman e Tony Moore, que trata basicamente da tentativa de sobrevivência de um grupo de pessoas depois que os mortos voltam à vida e começam a se alimentar de carne humana.
O episódio piloto não parece nem seriado. Lembra mais um filme feito para a TV, com um roteiro bem escrito e desenvolvido com paciência para acompanhar o desenrolar dos fatos junto com Rick, o assistente de xerife que, quando é atingido em serviço, acaba sendo internado e ao acordar encontra um mundo completamente diferente, devastado. O hospital em que se encontra parece mais com escombros de uma zona de guerra. Quando consegue sair, logo se depara com centenas de sacos de cadáveres, como se um segundo holocausto estivesse acontecendo e ele estivesse preso em um campo de concentração.

Perdido, Rick só consegue pensar em uma coisa: sua família. Será que sua esposa e filho estão a salvo? Ele parte para sua casa apenas para encontrá-la vazia, sem sinal algum de seus entes queridos. Desolado, volta às ruas e encontra um pai e um filho, sobreviventes dessa desgraça que ninguém sabe explicar ainda. Enquanto isso, os três dividem suas histórias até cada um seguir seu rumo. E você descobre o que aconteceu com a família de Rick, também.

Não entrarei em detalhes e nem soltarei nenhum spoiler, mas o que mais me chamou atenção nesse primeiro momento foi a forma que os roteiristas escolheram para retratar os zumbis. Nós estamos acostumados com tipos de filme de George Romero, onde eles são tratados como monstros por si só, mas pelo que deu para perceber é que eles humanizaram os zumbis. São pessoas que sofreram algum tipo de mutação inexplicável e agora não se sabe o que fazer com eles.

A dor do marido que não consegue dar cabo da esposa morta-viva; a escolha de Rick em “não deixar desse jeito” o policial que ele nunca gostou, Walking Dead traz essa que, pra mim, é uma nova abordagem desse tema que na tela grande, já estava um pouco saturado. Fiquei tocada quando Rick volta para matar uma morta-viva que se arrastava pois não tinha mais os membros inferiores e estava com as tripas de fora, e ele diz: “Sinto muito por isso ter acontecido com você” com lágrimas nos olhos.

Sim, eu creio que uma discussão e até mesmo um paralelo com a situação que muita gente vive no mundo (não que sejam monstros, mas vivem em condições sub-humanas e das quais, como Rick, apenas lamentamos de olhos marejados) é válida, mas não me estenderei muito porque, afinal, estamos tratando só do primeiro episódio e ainda vem bastante coisa por aí, mas estou confiante e muito feliz com o resultado inicial. The Walking Dead me deixou com gostinho de quero mais…

"Guts", segundo episódio da série vai ser exibido neste domingo nos Estados Unidos e já tem uma cena completa na internet. Assista:

Nenhum comentário: